Em 2018, tendo-lhe sido sugerida uma visita a um cemitério militar, Trump, referindo-se aos soldados mortos em combate afirmou, segundo a revista norte-americana “The Atlantic”: “Porque deveria ir? Está lotado de perdedores…” E mais terá acrescentado que os soldados feridos e mortos em combate “são perdedores e otários”.
Ontem Trump desmentiu ter feito essa afirmação. Mas como acreditar num mentiroso nato, dum presidente que faz das “fake news” a sua arma de arremesso no palco da política mundial em que se move?
Também o New York Times traz declarações de Trump que nega ter conhecimento de que uma unidade de espionagem russa no Afeganistão ofereceu recompensas a talibans por ataques que matassem militares da coligação internacional e soldados USA.
É evidente que a credibilidade de um presidente que faz da mentira prato diário é pouca ou nenhuma. Por isso este jogo constante de afirmações e suas negações, de negação quando a notícia lhe é desfavorável, de assunção quando a mentira lhe é favorável e dá jeito.
Mais agora, este frenético frenesim, quando as eleições se aproximam e o vale tudo, num desaforo inúsito, se instalou como forma de angariar votos a qualquer custo, de qualquer forma e sem o mínimo de escrúpulos, ética ou legalidade. Que mensagem fica, afinal, para o comum dos cidadãos?
Triste espectáculo deste actor de pacotilha, chegado à Casa Branca por vontade dos norte-americanos, que nele viram o Capitão América quando, afinal e provavelmente, não passa de uma recriação de Warren White, o grande tubarão branco…