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Paulo Neto
Com os números da pandemia a crescerem diariamente, as últimas notícias a informarem que 100 mil crianças contraíram o vírus nas duas últimas semanas, numa altura que está em cima da mesa a abertura das aulas presenciais e depois de Trump ter afirmado que as crianças estavam imunes ao Covid19, ontem na Casa Branca e no decurso da habitual conferência de imprensa do presidente, esta foi de súbito interrompida por agentes dos serviços secretos que o retiraram da sala enquanto no exterior se ouviam tiros.
Com os jornalistas trancados na sala, alegadamente para sua segurança, depois de Trump ter regressado e após ter sido alvejado o atirador que disparara nos jardins da Casa Branca, o presidente questionado pelos jornalistas afirmou “Sinto-me muito seguro com os serviços secretos. São pessoas fantásticas, são os melhores dos melhores e estão muito bem treinados. Só quiseram que eu me afastasse por momentos para terem a certeza de que tudo estava controlado no exterior.”
Vão conturbados os tempos para este polémico presidente, o qual com as eleições à vista vê a sua popularidade em queda livre. Ainda assim, alguma esperança lhe advirá pelo facto do candidato democrático, Biden, ser um idoso que já viu melhores dias, a indiciar a incapacidade deste partido apresentar renovação e figuras com carisma mais consensual, quase deixando a ideia de que “après moi, le déluge” ou seja, depois de Obama… a aridez do deserto.
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