Estou de acordo quando se diz que a transparência na vida pública e privada é essencial para se avaliarem as pessoas. Assim como penso e concordo que quem se candidata ou exerce cargos políticos, a nível nacional ou autárquico, deve dar o máximo de informação e deve ser totalmente escrutinado pelos eleitores.
Daqui decorre a minha concordância com o que é afirmado pelo candidato do PSD à Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva quando enuncia estes princípios na sua página do Facebook.
Irei, portanto, estar atento a toda a informação que me venha a chegar.
No entanto a avaliação não pode e não deve cingir-se aos currículos académico, profissional, político e até social.
Os diversos comportamentos e opções que os candidatos tiveram, têm ou venham a demonstrar também têm que ser levados em conta.
E neste contexto o candidato José Manuel Rodrigues não se está a ajudar.
Tanto mais que José Manuel Rodrigues, há uns meses, apresentou-se na Comissão Política Concelhia do PS como candidato a candidato por este partido à Câmara Municipal, tendo sido preterido.
Perdida esta candidatura aparece depois como candidato do PSD à Câmara, sendo que a Concelhia deste partido tinha manifestado apoio a um seu militante, António Tavares, no que foi desautorizada por órgãos partidários superiores.
Na sequência da sua candidatura à Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva pelo PSD José Manuel Rodrigues diz não pretender renunciar ao lugar na Assembleia Municipal, para que foi eleito em lista do Partido Socialista.
Alega não existir incompatibilidade.
Até pode não existir incompatibilidade legal mas que há incompatibilidade ética e moral disso não tenho dúvidas.
A transparência e o escrutínio também passa pelo respeito rigoroso dos princípios éticos.
Pode ser um detalhe, mas é nos detalhes que está a beleza das coisas.
(Foto DR)