Quando toda a oposição vota, em Assembleia Municipal, uma Moção contra a obra de remodelação do Mercado 2 de Maio, é porque esta não serve.
Viseu não pode continuar a desperdiçar milhões, que tanta falta fazem, no faz e desfaz das obras públicas, numa via-sacra infindável de desperdício de dinheiros públicos.
Almeida Henriques percebeu às custas da pandemia que não podia continuar com a política de festas e de bar aberto. Por isso, decidiu inverter o rumo político, deixando de lado a política do imaterial, para dar lugar a um frenesim desenfreado de obras públicas, algumas com pouco ou nenhum sentido, como as ciclovias da Av. António José de Almeida ou a das proximidades da antiga Maternidade.
Viseu tem desperdiçado, ao longo dos tempos, dinheiros públicos em catadupa em obras de elevado investimento, mas de pouca utilidade (Mercado Municipal da R. 21 de Agosto, Funicular, Espelho de Água).
De um político exige-se capacidade negocial, respeito pelo legado patrimonial e humildade para saber ouvir, sobretudo as vozes dissonantes, porque boa parte das próximas serve unicamente para puxar o lustro e insuflar o ego.
No campeonato do desperdício de dinheiros públicos estamos, certamente, a subir uns lugares neste indesejável ranking.