Tal como o sol, a água quando nasce é para todos! (XIV)

Era a confirmação do compromisso dos nossos candidatos do concelho de Tondela, a que se juntaram gentes de Carregal do Sal, de Tábua, de Santa Comba Dão e de Mortágua. Este movimento informal e espontâneo viria a tornar-se no ponto de encontro dos interesses comuns de diversas convicções que lutavam pelo mesmo fim. Gente do PS, do CDS, da CDU, do BE e independentes fizeram nascer o MUAP – Movimento de Utentes da Águas do Planalto.

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  • 16:58 | Sexta-feira, 04 de Abril de 2025
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CAPÍTULO XIV

Ainda naquela sessão de dezembro de 2014, que já vai longa … mas,


Do culminar da expressão dos atletas exibidos até à exortação partidária da hoste laranja, foi “um ver se te avias” – uma Moção, pois, uma Moção, querendo atropelar, com tentativa de esmagamento, todas as opiniões de desagrado que tiveram de ouvir, tudo por culpa da oposição.

O fundamentalismo narcisista do PSD já era assim, naquele tempo, nesse dia coadjuvado pelo segredo das aparições daquela dupla de notáveis, umas vezes como acionistas principais, outras, como porta-vozes dos oligarcas do regime.

Tudo na tentativa de evitar aquilo que, à data, ainda não tinha sido inventado, a tal vinda do Diabo por obra da oposição.

A moção do PSD, afinal, era como o gato que deixava sempre rabo de fora – a sua (não do gato, mas do autor) esperteza saloia foi a mesma que deixou à vista que a encomenda foi desenhada à medida, porque era o único partido que sabia da intervenção de tão ilustres apresentadores. Para variar, claro.

Por mais esforço que fizessem, era impossível branquear o negócio ruinoso, nem mesmo com esta abutre tentativa de sacrificar a oposição.

Estar do lado certo, não é ser maioria, é ter razão.

Até hoje, ainda não aprenderam! Nem se livraram da culpa, porque os seus pares foram os principais responsáveis.

Foi essa maioria que, em exclusivo, aprovou o que queriam que fosse um indulto, mas não foi. Mereceu a abstenção do CDS e o voto contra dos socialistas que, entretanto, entregaram um Requerimento à mesa exigindo, ao abrigo do regimento, a introdução de um ponto, a sério, para discussão dos assuntos relacionados com a água, na sessão ordinária seguinte, a realizar em fevereiro de 2014.

Mas o PS fez saber, desconhecendo o que iria acontecer pela inesperada introdução daquele ponto, que não pretendia discutir o sistema de abastecimento de água, que isso compete aos técnicos, mas sim a legitimidade de um contrato e dos responsáveis que o assinaram.

– “Acusem-nos de fazer política, mas nunca cometam a veleidade de nos acusar de oportunismo partidário”, avisava o PS nesse documento, adiantando que não pretendiam desistir dessa luta que já transbordara dos limites geográficos do concelho – no passado dia 18, em que se comemorou o aniversário da elevação de Tondela a cidade, a agência LUSA distribuiu uma notícia sobre o que se estava a passar no nosso concelho acerca do preço da água.

No mesmo documento, o PS manifestou a sua solidariedade e aplauso ao movimento de cidadãos que se organizou nesta causa e a intenção de querer contribuir para o seu sucesso.

Era a confirmação do compromisso dos nossos candidatos do concelho de Tondela, a que se juntaram gentes de Carregal do Sal, de Tábua, de Santa Comba Dão e de Mortágua. Este movimento informal e espontâneo viria a tornar-se no ponto de encontro dos interesses comuns de diversas convicções que lutavam pelo mesmo fim. Gente do PS, do CDS, da CDU, do BE e independentes fizeram nascer o MUAP – Movimento de Utentes da Águas do Planalto.

Um novo ano estava a chegar…

 

(CONTINUA)

 

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