Surpresa, será que temos líder?

Para quem desconfiava da sua solidariedade europeia, a Alemanha mostrou estar à altura do momento que vivemos.

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  • 9:46 | Quinta-feira, 24 de Fevereiro de 2022
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Para a generalidade dos europeus a aplicação de sanções à Rússia por parte da União Europeia estava condenada ao fracasso.

Este adviria sobretudo da posição que expectavelmente a Alemanha assumiria.

Argumentava-se que a grande dependência deste país do gás russo a levaria a “adoçar” as sanções para salvaguarda própria.


Contudo, todos soubemos pelo Chanceler Scholtz que a Alemanha decidiu congelar a entrada em funcionamento do segundo gasoduto que liga diretamente a Rússia e a Alemanha através do Mar Báltico.

 

 

Esta é a medida mais significativa das que os diversos países anunciaram.

Com efeito, é uma decisão que afeta a Rússia, mas que afeta também a Alemanha, pois verá ser aumentado o preço do gás, mas também poderá não ter a quantidade necessária às suas necessidades.

Para quem desconfiava da sua solidariedade europeia, a Alemanha mostrou estar à altura do momento que vivemos.

Não só denotou partilhar o sentir e a reação dos países democráticos, como mostrou uma atitude de verdadeira liderança.

Esta atitude coloca a Alemanha como “locomotiva” europeia” e pode catapultar Scholtz como um líder.

E isto não seria pouco pois a Europa não os tem tido desde Jacques Delors (já passaram mais de vinte e cinco anos).

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