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Em Viseu, na Quinta da Cruz, quem ainda não visitou não sabe o que perde, destaco duas exposições...

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  • 15:26 | Sexta-feira, 10 de Setembro de 2021
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As boas experiências são para partilhar. Por estes dias tive oportunidade de visitar exposições que me agradaram imenso.

Em Viseu, na Quinta da Cruz, quem ainda não visitou não sabe o que perde, destaco duas exposições que me enchem as medidas. No âmbito do #MesMundialAlzheimer, dinamizado pelas Obras Sociais Viseu e Município de Viseu, os artistas Rita Castro Neves e Daniel Moreira fizeram o design expositivo da exposição “Sinais de Alerta: Alzheimer e Outras Demências” que podem ver até 30 de setembro. Uma exposição muito importante que contribui para a desconstrução de estereótipos e combate ao estigma fortemente enraizado e associado à demência. Também na Quinta da Cruz, João Dias nunca deixa os créditos em mãos alheias, apresenta-nos mais um trabalho bem revelador da sua identidade e autenticidade artísticas: “Fósseis I Fragmentos Pós-Arqueológicos”, em exibição até 30 de novembro e com futura extensão nos Jardins da Casa do Miradouro. O artista plástico reflete sobre a articulação entre processo interno e contexto natural envolvente. O João está também a executar a POLDRA – Projeto de Escultura Pública Viseu / 2021, uma iniciativa que pretende conceber, executar e instalar, em mostras temporárias – por períodos variáveis – criações contemporâneas de Arte Pública:

“A principal orientação do POLDRA – Van é, numa escala humanizada, interagir com os distintos públicos e permitir o estabelecimento de diálogos quanto ao que são Arte e Espaço Público.” (João Dias)


No Porto, em Serralves, destaco a exposição LOUISE BOURGEOIS – DESLAÇAR UM TORMENTO, patente no Museu e no Parque de Serralves, dedicada ao trabalho de Louise Bourgeois (Paris, 1911, Nova Iorque, 2010) e cobre um arco temporal de sete décadas, dando a ver obras realizadas pela artista entre os finais dos anos 1940 e 2010.
Também em Serralves, merece uma visita: ALEXANDER KLUGE: POLÍTICA DOS SENTIMENTOS, convidado a aprofundar o seu diálogo com Manoel de Oliveira, Alexander Kluge aproveitou o kairos desta sua primeira exposição em Portugal para se concentrar em Os Canibais (1988).
Não desperdice a possibilidade de descobrir o artista Ai Weiwei através da sua exposição AI WEIWEI: ENTRELAÇAR, patente no Parque e no Museu de Serralves.
Se decidir ir ao Porto, aproveite a viagem, rentabilize-a, e visite a Feira do Livro, nos Jardins do Palácio de Cristal. Recomendo que visite o stand da Fundação de Serralves onde pode encontrar as edições de Serralves com descontos exclusivos da Feira, mais de 400 títulos que promovem perspetivas múltiplas sobre a arte e a cultura contemporâneas: catálogos das exposições, monografias sobre artistas, publicações sobre cinema, fotografia, educação artística, ambiente, ecologia e paisagismo. Adquiri por 20,00€ dois belos exemplares: Pedro Cabrita Reis e Arte em Berlim no Século XX.

O confinamento deixou uma motivação extra para sair de casa e fruir. Estou a planear nova incursão pelo Porto, regressar ao “local do crime”, aproveitar o último dia da Feira do Livro. [quão absurda foi a ideia de fazer coincidir, em 2021, as feiras do Porto e de Lisboa / sonho com o regresso da Feira do Livro de Viseu].

Para fazer render a viagem, o combustível está caro e as portagens também, aproveitarei para fazer a visita noturna orientada à Grande Exposição Serralves em Luz que convida à contemplação do património natural, paisagístico e arquitetónico existente no Parque de Serralves através da experienciação de um conceito criativo assente num ambicioso jogo de luz.

À Quinta da Cruz, regressarei várias vezes, no mês de setembro. A próxima incursão será já este fim-de-semana para participar na oficina de cerâmica, orientada pelo ceramista Sérgio Amaral, o artista que criou os conhecidos “Matarrachos”.

 

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Publicado em Opinião