A intervenção de ontem do Presidente da República é clara e, acredito, premonitória do que aí vem.
Afasta o cenário de eleições antecipadas. A acontecerem podiam resultar numa memorização do seu papel por isso só irá encarar o cenário se for reeleito.
É estranho que quem faz um mandato populista venha apelar a que partidos, parceiros sociais, sindicatos, confederações, justiça e administração pública “mudem de vida” face à ameaça de “alguém” que virá preencher “os vazios que vão deixando”.
Não falou especificamente dos extremismos nem das guerrilhas parlamentares do deputado Ventura, mas tal estava subjacente.
Mas falou dos juízes da Relação de Lisboa, sim aqui os dividendos são garantidos e a sua veia populista não resistiu.
Por fim referiu que o sistema político e social tem que responder aos problemas concretos das pessoas.
Todos estaremos de acordo com esta afirmação proclamativa, mas que conteúdo concreto está na mente do Presidente?
Vejamos, na resposta que está a ser dada ao problema do Coronavirus o Prof. Marcelo diz que não querer tirar protagonismo ao Primeiro Ministro.
Mas quando é que ele se preocupou com outro protagonismo que não o seu?
Será pela hipocondria ou para aparecer se algo correr mal ou depois de ter corrido bem?
Vamos esperar, os actos nos darão as respostas.