Ser ATLETA – TENACIDADE

Num estudo realizado a propósito do confinamento, a que todos fomos sujeitos, foram identificados, imediatamente, fatores de risco para jovens atletas: Isolamento social; Diminuição da atividade física; Rotinas alteradas ou inexistentes; Incerteza; Stress familiar (económico?!) e sem a oportunidade de competir.

  • 15:18 | Terça-feira, 19 de Outubro de 2021
  • Ler em 2 minutos

Os pais bem informados sabem da importância de que se reveste para o desenvolvimento dos seus filhos a prática desportiva. No entanto, sentem por vezes dificuldades em escolher a modalidade concreta para essa prática.

A escolha da modalidade a praticar pelos filhos deve ser feita pelo gosto que a criança tem por esse desporto. A paixão é importante. No entanto todos devemos ajudar na escolha da modalidade, porque têm especificidades diferentes, mas deixar que seja a criança/jovem a decidir por si mesmo qual a modalidade que quer praticar. Poderá mesmo experimentar várias.

Se o “desporto de rua” uma prática espontânea entre crianças da mesma zona desapareceu o aparecimento de centros/escolas para o ensino organizado da prática desportiva cresceu e hoje a oferta é mais variada e com qualidade. No entanto as crianças são capazes de organizar competições e já sabem quem são os melhores (quando escolhem as equipas, os primeiros a serem escolhidos são sempre os melhores) e não precisam da competição tão formal para o saber. Neste contexto do jogo infantil, a competição tem um alcance formativo, por quanto são as próprias a valorizar o que se é capaz de fazer e não quem ganha. O processo é sempre mais importante que o resultado. É ao desporto federado que cabe proceder a transformações profundas que permitam corrigir erros que vêm sendo praticados com crianças, em particular, com menos de 12 anos.

O foco é a retoma desportiva e o fundamental é trabalhar o processo/tarefa e relevar o resultado/classificação.


A prática desportiva tem uma influência favorável sobre o organismo em crescimento. É indispensável durante a infância e adolescência, de modo assegurar um desenvolvimento saudável.

Num estudo[1] realizado a propósito do confinamento, a que todos fomos sujeitos, foram identificados, imediatamente, fatores de risco para jovens atletas: Isolamento social; Diminuição da atividade física; Rotinas alteradas ou inexistentes; Incerteza; Stress familiar (económico?!) e sem a oportunidade de competir.

E concluiu-se que quem é praticante desportivo superou melhor o confinamento. Porquê? Porque desporto é superação. Desportistas são resilientes. A paixão; A tenacidade: Capacidade de responder a situações difíceis e de lidar com a adversidade (Capacidade de adaptação); Exercício físico (mesmo que limitado); Alimentação mais cuidada; Sobrepor o coletivo ao individual; Espírito de sacrifício; entreajuda; solidariedade; A equipa funcionou como rede/suporte e mantiveram-se contactos (via novas tecnologias) com colegas e treinadores.

O professor Jorge Silvério explica na perfeição estes resultados através da tenacidade:

 

 

 

Quando as crianças praticam uma atividade desportiva, o seu organismo adapta-se ao esforço. Estas adaptações manifestam-se ao nível do sistema cardiorrespiratório e muscular. O sistema cardiorrespiratório não se desenvolve na mesma maneira no caso das crianças que treinam regularmente e no caso de crianças sedentárias. Esta diferença traduz-se entre outras, por diferenças relativas às capacidades funcionais.

As crianças e os jovens têm necessidade de muito movimento para que o seu organismo se desenvolva harmoniosamente. Deste modo a prática de atividades físicas e desportivas deve ser encorajada e explicada aos pais.

Perante tudo isto só resta aconselhar para que a criança pratique desporto. Tão só, e somente isto!

 

Vitor Santos

Embaixador do PNED

[1] Estudo coordenado pela Doutora Liliana Pitacho

 

(Foto DR)

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por
Publicado em Opinião