Mas obras que melhorem a qualidade de vida de quem ali trabalha e de quem ali compra. Haverá financiamento europeu para o fazer certamente e por isso, pode ser uma oportunidade para melhorar um espaço comercial que é muito pouco aprazível. Não fosse a qualidade dos produtos que ali são vendidos e a simpatia e profissionalismo de quem ali trabalha e muitos viseenses já teriam deixado de ali comprar.
Enquanto noutras cidades como Funchal ou Figueira da Foz, para citar um exemplo geográfico próximo e outro afastado, o mercado é um ponto de passagem obrigatória para turista visitar, em Viseu e desculpem-me a sinceridade, é precisamente o contrário e nem a pintura moderna que lhe fizeram na cúpula, no âmbito da Street Art, o tornou mais atraente.
O Mercado Municipal de Viseu é um edifício demasiado grande para o serviço que presta, por isso, é que mais de metade da sua capacidade se encontra sem ocupação. É desconfortável, sobretudo no Inverno, tanto para quem trabalha no seu interior, como no seu exterior.
Devíamos ser caso único no país, porque tínhamos o Mercado vazio no interior e com vendedores no seu exterior, principalmente, ao sábado, dia de maior afluência.
Foi com o executivo de Almeida Henriques que as vendedoras de fruta e hortícolas mudaram para as lojas devolutas do piso superior. Foi uma medida sensata, mas que não resolveu o problema. As vendedoras estão agora amontoadas umas em cima das outras, o que não é positivo para quem compra, nem para quem vende.
Agora, o Executivo pretende mandar abaixo o Mercado Municipal, ao invés de fazer obras de melhoramento, tornando-o num espaço multiserviços, onde podemos tratar da renovação do Cartão do Cidadão e a seguir comprar um molhinho de brócolos para o jantar.
No entretanto, ninguém explica para onde vão os vendedores. Mas, como dizia a senhora que apresentava o Big Brother, isso agora também não interessa nada!