A chamada Secretaria Geral do Governo resulta da fusão de oito Secretarias Gerais de outros tantos Ministérios.
Esta nova entidade é possível por se terem concentrado vários Ministérios no chamado Campus XXI.
Tem sido salientada a racionalização e economia que a criação desta Secretaria Geral do Governo significa.
Contudo tal economia não é feita ao nível dos cargos máximos.
Com efeito, a direção caberá a um Secretário Geral e a seis Secretários Gerais Adjuntos.
Dir-se-á que se poupa um cargo dirigente.
Sim, mas gasta-se mais.
A acrescentar sabemos agora que o novo Secretário Geral do Governo será Hélder Rosalino e, porque optou pelo vencimento de origem, receberá mensalmente 15905 € (não tendo sido esclarecido se acrescerá valor relativo à despesas de representação).
Lembro que este Senhor foi Secretário de Estado de 2011 a 2013 e foi o autor da proposta (considerada inconstitucional) de cortar dez por cento nas pensões.
É este o novo Secretário Geral do Governo e vai ganhar quase o triplo do legalmente previsto.
É quadro do Banco de Portugal e faz, assim, um regresso em grande às lides políticas.