Querem MUDAR radicalmente?

Não vos vou recomendar que escrevam um livro, com esse título, porque já percebemos que isso nem sempre corre bem … Se querem MUDAR, promovam coisas simples, pois muito do que se passa em Portugal resulta das péssimas escolhas, dos enganos sucessivos e de muita, mas mesmo muita, mediocridade que vive à sombra dos partidos […]

  • 13:21 | Terça-feira, 07 de Janeiro de 2014
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Não vos vou recomendar que escrevam um livro, com esse título, porque já percebemos que isso nem sempre corre bem …

Se querem MUDAR, promovam coisas simples, pois muito do que se passa em Portugal resulta das péssimas escolhas, dos enganos sucessivos e de muita, mas mesmo muita, mediocridade que vive à sombra dos partidos e das suas tenebrosas máquinas de poder.

Nas próximas eleições, a começar pelas EUROPEIAS, exijam as seguintes alterações:


– VOTAR deve ser obrigatório, dando direito a MULTA PESADA a quem não o fizer;

– Os eleitores DEVEM poder VOTAR nos deputados que acharem melhores. Não votam em PARTIDOS, mas sim em pessoas das listas de partidos e listas não-partidárias apresentadas a eleições, ordenando as suas preferências.

Como se faria? Por exemplo:

ELEIÇÕES EUROPEIAS – Portugal elege 22 deputados

As LISTAS teriam uma sigla, o nome do partido, ou lista não partidária, e o número de ordem na lista. Por exemplo:

PSD01 – Candidato 1 do PSD

PS08 – Candidato 8 do PS

CDU04 – candidato 4 da CDU

XPTO10 – candidato 10 da lista não partidária XPTO

Cada eleitor deveria poder votar numa lista ordenada de deputados. O boletim de voto traria caixas em branco, nas quais o eleitor colocaria as suas 22 opções.

Por exemplo, um boletim de voto podia ser:

Candidato 1: XPTO02

Candidato 2: PSD01

Candidato 3: CDU05

Candidato 22: XPTO10

No final eram eleitos os 22 candidatos que tivessem mais votos. O voto poderia ser inclusive feito usando meios informáticos, para evitar erros de interpretação, onde as pessoas escolheriam com base nas fotos dos candidatos percorrendo as respectivas listas. Ou então tendo por base códigos em autocolante, distribuídos a todos os eleitores, que pudessem ser colados no boletim de voto. Dir-me-ão que tudo isto tem custos. Tem, claro. Mas os custos finais, as consequências para todos nós, de eleger como temos elegido é muito superior: relembro a dívida da república em 2013 de 209 mil milhões de euros. Eu pagaria este sobrecusto de bom grado.

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA – cada distrito elege XX deputados

Tudo seria IGUAL, mas o eleitor de cada distrito votaria em XX candidatos. Por exemplo, Coimbra elege 9 deputados. Um eleitor de Coimbra votaria em 9 candidatos, da mesma forma que acima, retirados das listas apresentadas a eleições.

Eram eleitos os nove candidatos mais votados.

Consequências?

As várias listas tenderiam a escolher os melhores, pois a eleição deixava de ser em listas fechadas. Haveria uma maior proximidade entre eleitos e eleitores, e um sentido de eleição mais próximo. Também por isso, aumentava muito a responsabilização dos eleitos.

Mas os PARTIDOS não vão, de forma alguma, deixar que isto aconteça… e muita gente que já se imagina sentada no parlamento nacional ou europeu também veria a sua vida a andar para trás. E a nossa a andar para a frente. E, sabem, muitos dos que concorrem a concelhias e distritais, falseiam fichas de militantes, pagam quotas em massa, etc., só para manipularem as listas dos seus partidos, perceberiam que isso deixava de valer a pena.

Pelo menos este país passaria, se calhar, a ser algo de asseado.

Digo eu!

Não querem MUDAR?

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Publicado em Opinião