Montenegro e Moreira da Silva, candidatos assumidos à liderança do PSD, para além das divergências irmãs, convergem num ponto. Para se reactivar a economia e trazer-lhe competetividade, é imperativa a subida dos salários. Dizem-no, parece, prenhes de convicção e imbuídos de certezas.
E mesmo assim tenho a certeza absoluta de que, lá chegados, vai haver um qualquer empecilho superveniente que impeça a concretização deste ambicioso desiderato.
Infelizmente, é o que temos, de todos os quadrantes ideológicos. Instalados à mesa do orçamento, logo os líderes tratam de inventar um escolho que os impede de lograr o prometido. Mas, na verdade, são uns pantomineiros, uns troca-tintas, que usam a recorrente e pia boa-fé do povinho para justificarem o falhanço das promissões, as mentiras que, ainda surgentes, já sabiam que o eram.