Sem exagero, andámos uma semana a ler e a ouvir falar sobre o grande mistério da sociedade portuguesa, aquele que pode decidir dos nossos destinos, do nosso PIB, do nosso défice, da nossa dívida pública, da nossa independência, de facto, que ainda honre o rei Afonso.
O que importa o aumento contínuo do preço dos combustíveis, que importância tem o ganho aumentado das gasolineiras, o que vale o preocupante e crescente número de casos covid, que valor tem a diminuição do número de vacinas? Tem algum interesse a greve nos aeroportos, que existam em oftalmologia 53 mil em lista de espera, que 5 meses dos nossos salários vão direitinhos para impostos, que ninguém dê um murro na mesa e ponha na ordem a Guiné Equatorial, que tem duas teimas, entrar para a CPLP e, ao mesmo tempo, manter a pena de morte? Tem valor que medidas de reforço contra os fogos deixem postos da GNR sem efectivos, que o rasto de destruição das cheias na Alemanha e na Bélgica levante dúvidas sobre a seriedade dos níveis de alerta, que a China ameace invadir Taiwan, que os talibãs ameacem reconquistar o Afeganistão? Não! O que verdadeiramente vale é saber se Vieira está ou não zangado com Rui Costa, quer dizer, se estão amuados.