Estou convencido de que não ganha um voto com o texto curto que não lembrava ao diabo. Mas pode perdê-los, no eleitorado ao centro, mais volátil e incerto.
Depois de uma vitória, de algum modo, inesperada, nas eleições directas, confesso que, sem o conhecer, esperava de Rui Rio uma atitude mais contida, comentários mais pensados, reacções mais prudentes. Enganei-me.
Relacionar a detenção de Rendeiro com o aproximar das legislativas, fazendo suspeitar que é um frete ao governo, e uma instrumentalização da justiça pelo poder político, é de amador, de aprendiz, de iniciado, de quem não percebe o mais elementar, que o tempo da justiça não é o tempo da política.
Haja algum profissional experimentado que aconselhe o senhor, que lhe faça sentir que o Porto não é Portugal, sob pena de as legislativas de 30 de Janeiro se tornarem num passeio triunfal para António Costa.
A continuar por este caminho, que espero seja corrigido, bastará ao PM fazer-se de morto, arte em que é mestre encartado.
Oxalá haja vida!