Quando estala o verniz…

Muitos foram aqueles que, perante as palavras deselegantes de Almeida Henriques sobre a nomeação de Paula Garcia para diretora-geral e de programação do Teatro Viriato, se surpreenderam.

  • 9:03 | Segunda-feira, 09 de Janeiro de 2017
  • Ler em 2 minutos

Muitos foram aqueles que, perante as palavras deselegantes de Almeida Henriques sobre a nomeação de Paula Garcia para diretora-geral e de programação do Teatro Viriato, se surpreenderam.

Conheço Paula Garcia tão bem quanto conhecem todos aqueles que, sempre que podem, estão perto do nosso teatro, o Viriato, colaboram como podem e sabem, fruem de forma privilegiada projetos como os que têm sido dinamizados envolvendo a comunidade. Uma peça fundamental numa equipa coesa que nos tem brindado com muito de si na discrição que lhe é própria. No respeito por este recato, hesitei em tomar posição sobre aquele que foi um triste episódio de final de ano viseense. Por consideração à pessoa em causa, não posso deixar de o fazer.

A imagem “simpática” criada em torno do presidente do executivo camarário, quantas vezes à custa de grande investimento mediático, outras tantas à custa da falta de oportunidade, não condiz com a atitude arrogante e prepotente que outros lhe conhecem bem. Cultivada tem sido a fantasia de que se trata de um democrata, tolerante e dialogante. Uma máscara que se desfaz à menor contrariedade, à menor manifestação de um pensamento discordante do seu, à expressão da mais ténue afirmação de que há outros modos de pensar e agir, conceber e fazer.


Que o diga quem no debate democrático desenvolvido no âmbito da Assembleia Municipal de Viseu, se atreve a criticar opções, apresentar alternativas, desmontar operações plásticas de propaganda, apontar ilegalidades nas propostas aprovadas em reuniões camarárias. Ignorante, preguiçoso, deprimente ou incompetente, são os adjetivos mais suaves que o Sr. Presidente não se inibe de proferir quando a argumentação política lhe é desfavorável. Há momentos em que raia o insulto com tonalidade machista imprópria e ofensiva. Uma realidade raramente retratada na comunicação social mas que qualquer munícipe encontra nas atas das sessões publicadas na página da internet do município.

Mais uma vez, o Presidente da Câmara de Viseu, queria comprar fora desvalorizando o que existe por cá, tentou contornar competências protocoladas, numa atitude que diz bem da forma como é gerido o nosso município para lá das aparências e do foguetório.

Gosto do artigo
Publicado por
Publicado em Opinião