Não vai assim tão longínquo o tempo dos carniceiros déspotas latino-americanos, africanos, europeus… de tão má-memória.
Gente que cometeu todas as atrocidades aos Direitos Humanos, espaldada por poderosíssimos aparelhos policiais criminosos, repressivos e … supressivos.
À medida que o tempo avança, lícito seria esperar que a evolução humana erradicasse os tiranos do poder, que a consciencialização das massas não permitisse, nem a sua eleição, nem a sua regência ad perpetuam.
Mas não. Cada vez mais parece estarmos perante uma profunda regressão das mentalidades, dos comportamentos, das atitudes, a par de uma crescente imbecilização de um colectivo que se revê nas histórias da carochinha bem contadas, nos pseudo-heróis de pacotilha, nos capitães américa, cada vez menos dilucidando a realidade efabulada que lhes é impingida da insidiosa manipulação de que são alvo e mero objecto descartável.
Nos dias que correm, três meros exemplos evidenciam a existência dessa tenebrosa “casta” de propagandistas de quimeras e fazedores da desgraça.
Jair Bolsonaro, após a sua derrota eleitoral, caído nas malhas da Justiça, mostrou a imagem de um líder corrupto e cleptocrata pelo Supremo tribunal brasileiro condenado, para já e vai a procissão no adro, à inelegibilidade pelos próximos oito anos.
Donald Trump – o epifânico Calimero do sistema – que responde civil e criminalmente por processos vários, entre eles os de “fraude persistente e repetida”, “incitação à violência”, “assédio sexual” e… etc., está em vias de ver os seus bens, sitos em Nova Iorque, arrestados para pagamento das dívidas fiscais que ascendem a mais de 250 milhões de dólares… e não só.
Porém, ambos são dois meninos de coro, meros aprendizes de feiticeiro face a Vladimir Putin, o arqui-czar da Rússia. O ex-agente da maligna KGB encabeça o Top 10 da requintada e sinistra malvadez, que o digam Prigozhin, Navalny e mais umas dezenas de opositores, assassinados a tiro ou bomba, defenestrados, envenenados, afogados…
No bom estilo Estalinista (será que o discípulo supera o mestre?), Putin, com a sua imparável ganância e desmedida cupidez, no pós-invasão da Ucrânia, está a gerar catástrofes financeiras de amplitude global.
Bolsonaro, pelos vistos e por agora, pode usufruir de umas longas férias.
Trump, mesmo se provados os crimes de que está indiciado, pode vir a ser, novamente, presidente dos EUA.
Putin, com a alteração da constituição (por ele aprovada) que lhe permite ir-se perpetuando no poder até finais da década de 30, com mandatos de captura emitidos por todos os países democráticos, dialogando com norte coreanos de sua estirpe, com ministros e conselheiros alienados como Lavrov e Medvedev, na sua insaciável senda expansionista-imperialista, nem tempo nem oportunidade terá para usufruir da mega fortuna que, segundo fontes credíveis, fazem dele o homem mais rico do planeta…
(Fotos e cartoon DR)