O futebol é uma indústria que movimenta milhões, e põe em desalinho a compostura de pessoas respeitáveis.
Pulveriza os bons modos de gente de boa cepa. A loucura tomou conta dos adeptos e da doidice às ameaças de morte, foi um salto de pássaro. Apesar de avisados, há muito tempo, por comentadores da especialidade, presidentes e treinadores lançaram-se num discurso provocatório, deslavado, incendiário. Mais cedo ou mais tarde, só podia conduzir a este lamaçal.
Os árbitros são uma vergonha e inclinam o campo a seu bel prazer, embora possam não o fazer propositadamente. Mas quem não presta, deve ser banido.
O VAR, que acolhe os piores dos piores, não contribui para a verdade desportiva, desiderato para o qual foi criado, e alimentado, com muita expectativa.
O Conselho de Disciplina é lento e pastoso e sujeito a sucessivas desautorizações.
Há dirigentes que amedrontam e ameaçam. Assim, não vale! Parece um circo romano.
A procissão da desgraça aproxima-se do adro da igreja, e a paróquia já está num alvoroço descontrolado.
A tutela não se justifica para comer croquetes, tábuas de queijos e enchidos, e estar presente nas festanças e nas tribunas das finais. E nas condecorações presidenciais.
Bom trabalho era que obrigassem os dirigentes da FPF, árbitros, elementos do VAR e seus avaliadores à declaração da respectiva simpatia clubística. E que as ditas fossem colocadas no portal da instituição. Havia de ser bonito! Isso sim, era de valor. Mas coragem?
E, nesta matéria, que queima, o governo ainda está em funções? Duvido…
(Foto DR)