Pimbalhadas dos do Rossio

O Codiv-19 condicionou tudo isto mas a organização laranja de Vildemoinhos não resistiu aos encantos do anão trambelo por adopção e lá foi o séquito em romaria numa cidade alheada a tudo isto por no momento ter outras preocupações e cuidados de saúde.

  • 22:07 | Quarta-feira, 24 de Junho de 2020
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As Cavalhadas de Vildemoinhos (bem como as de Teivas) são um momento de exaltação da tradição, da cultura viseense e do respeito pela memória dos tempos associados à criatividade dos carros alegóricos e ao humor (já pouco) da critica social.

O Codiv-19 condicionou tudo isto mas a organização laranja de Vildemoinhos não resistiu aos encantos do anão trambelo por adopção e lá foi o séquito em romaria numa cidade alheada a tudo isto por no momento ter outras preocupações e cuidados de saúde.

Uma romaria de mau gosto a roçar o pindérico, com o historiador agamelado do Rossio a contar lendas e narrativas de adormecer meninos, o infantuninho académico deslumbrado com a “dimensão extraterreste” dos Trambelos e com a candidata “maravilhas do outro mundo consagrada pela natureza” num camião carregado do marketing cliché do vareiro vendedor da banha da cobra num momento moderado por uma senhora que sozinha tinha feito a festa, largado os foguetes e apanhado as canas poupando-nos a este pobre e infeliz momento.


Cedo ou tarde esta crise irá passar e as Cavalhadas irão recuperar a sua essência verdadeira.

Para a história podem registar este momento politiqueiro como 2020 – as Pimbalhadas do Rossio!

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Publicado em Opinião