O Governo, talvez o ministério do Ambiente, decidiu, luminoso para sair da inércia e dar prova de vida, penalizar o IUC de todos os carros anteriores a 2007.
Provavelmente só o fez para ir buscar os milhões que vai perder na prometida redução das portagens das ex-scuts, no montante de 72 milhões de euros e, assim, compensá-los com os 84 milhões previstos nessa medida, a arrecadar em 2024.
A bem dizer, não extrapolaremos ao pensar que o que esta medida dá com uma mão com a outra rouba, penalizando ainda mais quem não circula em ex-scuts.
Mas o Governo, ou a luminária da ideia, já se questionou porque é que existem em Portugal muitos carros anteriores a 2007?
Se a este imaculado intento despoluidor (estamos para ver o que vai acontecer com as baterias de lítio em fim de vida…) reflectido numa carga tributária obscena, juntarmos salários que rondam a metade e um terço dos salários auferidos na maioria dos países europeus, basicamente constatamos e não precisamos de ser génios, nem “crânios” do ministério do Ambiente, que os portugueses têm carros anteriores a 2007 não por gosto, gozo, afecto ou masoquismo, mas sim por não terem dinheiro para comprar carros novos e muito menos os caros veículos eléctricos que agora estão na “berra”.
No fundo, paga sempre o mais penalizado, depauperado e recorrentemente asfixiado com mais “taxas e taxinhas” em prol da salvação do planeta ou… do reabastecimento dos ávidos cofres do Estado. E já agora, aviões das companhias aéreas, cargueiros e paquetes de luxo, também embarcam???
Razão tinha o Bordalo…