O Jornal de Notícias de 20 de outubro titulava que as mulheres estão a reformar-se com pensões de 450 euros.É uma realidade que tem a montante uma situação de discriminação laboral, profissional e salarial que as mulheres têm sofrido e sofrem em Portugal.
Estas pensões baixas são acompanhadas por serem acedidas em idade mais elevada que aquela a que se reformam os homens.
Estas situações resultam de os salários das mulheres serem mais baixos e de estarem agora a reformar-se as mulheres que só puderam trabalhar (fora de casa) depois de 1974.
Ou seja, aos baixos salários junta-se o facto de o início de carreira ter acontecido em idade mais avançada que a que é habitual nos homens.
Mas as pensões baixas irão continuar, sobretudo se não houver uma diminuição do desemprego jovem, situação que acarretará carreiras contributivas mais curtas.
Esta situação determinará também a diminuição das pensões antecipadas que é outra pecha que hoje afeta as mulheres aquando da reforma.