Pedro

Depois de subir ao pódio, em Eugene, EUA, Pedro, humilde, não se esqueceu, e disse: "Este ouro é de Portugal". E dedicou a muita gente, sem esquecer quem o soube acolher.

Tópico(s) Artigo

  • 15:50 | Segunda-feira, 25 de Julho de 2022
  • Ler em < 1

O triplista Pedro Pichardo, de 29 anos, cubano de nascimento, naturalizado português, correndo com as cores nacionais, foi campeão do mundo do triplo salto, alcançando à primeira tentativa, a marca de 17,95 metros.

Já tinha sido medalha de ouro, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. É o sétimo campeão do mundo português, na modalidade de atletismo, seguindo-se a Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Manuela Machado, Carla Sacramento, Inês Henriques e Nélson Évora que apesar dos indiscutíveis méritos, foi arrogante, insolente, despeitado e mal-educado, ao ver-se ultrapassado pelo seu colega, em Tóquio. Dele, hoje ninguém se lembra, salvo as marcas de roupa onde ele faz pela vida, fotografando-se como modelito, a migalha que lhe resta da fama. Nélson Évora foi grande com os pés, mas tacanho com o cérebro.

Depois de subir ao pódio, em Eugene, EUA, Pedro, humilde, não se esqueceu, e disse: “Este ouro é de Portugal”. E dedicou a muita gente, sem esquecer quem o soube acolher.


A vitória de Pedro é a vitória do trabalho, da dedicação, do esforço, da ambição, da humildade e da disciplina.

Imagino quanto o “Chega” se indignará com este imigrante, ou, oportunista e aproveitador, se cole aos encómios, e acompanhe a procissão dos laudos.

Costa e Celito apressaram-se a saudar, e a enaltecer o seu feito. E, perante tantos medalhados, os cofres do Palácio Nacional de Belém começam a ficar exauridos, rogando urgente reposição do “stock”.

 

(Foto DR)

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por
Publicado em Opinião