«SYNGUÉ SABOUR significa pedra-de-paciência. Na mitologia persa, trata-se de uma pedra mágica que o crente deve pousar à sua frente para derramar sobre ela as suas infelicidades, os seus sofrimentos, as suas dores, as suas misérias. Confia-se-lhe tudo o que não se ousa revelar aos outros… E a pedra escuta, absorve como uma esponja todas as palavras, até que um dia a pedra racha… Nesse dia, o crente liberta-se de tudo.», Atiq Rahimi.
Falamos duma pedra granítica, azul, de considerável tamanho, ponto de encontro, durante gerações, a quem queria repousar e dar duas “quartadas” recostado junto à “Pedra de Paciência”, em frente à escadaria da moradia da D. Serrana e do Sr. “Vida Triste”.
Consta que, nesse tempo, as “coimas” eram aplicadas pelos homens bons da terra, de saber e paciência, ali onde se sentavam para discutir, decidir e aplicar as sentenças para manter a paz e fazer justiça.
Todos falavam, todos davam opiniões, mas a pedra ali se manteve inerte, anos a fio, até que alguém, sem paciência, decidiu pôr fim ao seu reinado. Era a PEDRA de PACIÊNCIA.