Há crimes e crimes. Dos mais hediondos aos mais brandos, há muito por onde escolher. E há os de colarinho branco, protagonizados por gente de verniz nas unhas e que, por poder pagar a excelentes causídicos, lança mão de um infindável número de expedientes processuais capazes de levar a acção até às calendas, quando não à prescrição.
Quem, num estado de direito, onde todas as garantias de defesa estão asseguradas, opta por escapulir às malhas da justiça, eximindo-se ao pagamento devido à sociedade, já depois de transitadas em julgado as respectivas sentenças, comete uma enorme patifaria.
João Rendeiro, o mago dos investimentos, ao fugir, e ao esconder-se num país sem acordo de extradição com o nosso país, fez uma mesquinha patifaria.
É um patife, um tratante desavergonhado.