As lutas intestinas são as mais letais. Revolvem as entranhas, dão cabo dos fígados, do ânimo e da vontade. Quem as vive, demora a erguer-se e a ganhar alento. Deixam marcas e rasgos.
Marcelo, com a ameaça de eleições antecipadas, que o Conselho de Estado, entretanto, sufragou, contribuiu para esse estado de guerrilha interna. Talvez acreditando em excesso no seu faro político e na sua magistratura de influência, deu o tiro de partida para uma corrida que tem tudo para não acabar bem.
No fim da novela, há uma certeza que eu tenho: o interesse nacional não pode andar a reboque das agendas partidárias nem dos tempos dos candidatos.
Seria mau demais, se assim viesse a ser.
(foto DR)