Distante vai o tempo em que “especular” era ver-se ao espelho…
No domínio da economia e na voracidade dos mercados, surge a especulação ilícita de preços que consiste, basicamente, em “vender bens ou prestar serviços por preços superiores aos permitidos pelos regimes legais a que os mesmos estejam submetidos” – (artigo 35.º, do Decreto-lei n.º 28/84, de 20 de Janeiro).
Dizia-me hoje um amigo: “Aqui há uns tempos ia-se a uma grande superfície, ao domingo de manhã e não se cabia lá dentro. Agora… há mais empregados que clientes!”
Não juro pela completa veracidade desta constatação. Cada vez vou menos às grandes superfícies, privilegio o comércio local e, quando lá me arrisco e atrevo a ir, aproveito uma hora “morta”, durante a semana.
O que sei é que aqueles que constantemente aumentam os preços – combustíveis incluídos – na sua ávida ganância, parece não terem percebido uma básica premissa: os preços sobem, o consumo retrai-se…
O mesmo acontece, por exemplo, com os combustíveis em recorrente subida. Hoje, circula quem precisa de o fazer para ganhar a vida. Os passeios de automóvel, o lazer, as deslocações turísticas, cada vez são mais ponderadas e, na maioria das vezes, descartadas por falta de dinheiro para as fazer.