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Paulo Neto
A imagem publicada mostra a mancha de parques industriais financiados por fundos comunitários, na Região Centro de Portugal.
Com este decerto profícuo investimento de milhares de milhões de euros, o nosso país deveria ser um dos líderes mundiais na grande generalidade dos sectores financiados.
O mesmo vale para a grande parte das associações empresariais de norte a sul do país, receptoras, gestoras e distribuidoras de biliões de euros desde meados da década de 80.
Haverá estudos que nos provem inequivocamente as reais mais-valias para os portugueses, contribuintes pagantes, de todos estes financiamentos?
Há uma História por fazer, porque não uma tese de doutoramento, sobre as empresas, quantias recebidas e o percurso de investimento real, concreto e palpável de que foram beneficiárias?
Qual o retorno que deram à economia? De que modo a formação de colaboradores e modernização de equipamentos foram produtivos, por exemplo?
No fundo, fazer uma investigação e uma monitorização de todos esses biliões, responsabilizando quem os recebeu pelo seu indevido uso e louvando todos quantos deles extraíram profícuos resultados em prol da riqueza de Portugal.
Agora que estão para chegar mais milhares de milhões, bom seria que os erros do passado não fossem repetidos, assim como seria fundamental e study case a seguir, a análise dos casos de sucesso no investimento e gestão desses fundos.
Provavelmente, se o estudo fosse aprofundado, rigoroso e sério, muitas surpresas se encontrariam, como também nos espantaria o elevado número de empresas que se tornaram insolventes depois de muita injecção de capitais comunitários.
E já agora, responsabilizar todos quantos tinham deveres de fiscalização na concessão e boa aplicação dos fundos comunitários e fizeram vista grossa a muito despautério.
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