De Israel à Palestina, da China a Taiwan, da Rússia à Ucrânia, da Etiópia ao Sudão, o conflito do Iémen, de Mianmar, do Haiti, da Síria…
Por exemplo, neste último país, a guerra civil iniciada em 2011 contra o ditador Bashar al-Assad já fez aproximadamente 400 mil mortos e mais de 200 mil desaparecidos.
Por detrás destes marciais caldeirões ebulientes referventes de ira(s), mais ou menos camuflados, mais ou menos às claras, encontramos recorrentemente os EUA ou a Rússia, na sua bipolaridade constante para o invocado equilíbrio da geoestratégia mundial. No fundo, interesses económicos do petróleo, do gás, da indústria do armamento, etc. Os interesses ou a insaciável cupidez dos “senhores da guerra”…
Se procurarmos, a mero exemplo, uma lista de guerras “made in USA” dos últimos que vamos nós encontrar?
“Coração Rebelde”, Arundhati Roy, Asa, 2020.
Se for “made in URSS” basta-nos o genocídio cometido por Estaline no seio do seu próprio povo… ainda hoje não se quantificam os milhões de vítimas, mas nunca se cifrarão em menos de 20 milhões de mortos (1920 – 1953), trinta anos de terror interno.
“Espelhos – Uma História Quase Universal”, Eduardo Galeano, Antígona, 2018.
O Homem parece nada ter aprendido com a História e uma dúzia de déspotas, nas últimas décadas, tem provocado uma hecatombe sem precedentes. E continuam a fazê-lo, como é o caso de Vladimir Putin com a invasão da Ucrânia. Os seus actos expansionistas-imperialistas lesam hoje, directa e indirectamente milhões de pessoas no mundo inteiro, como lesam também milhões de Russos no seu próprio país e, naturalmente, os ucranianos.
Os tiranos, na sua mais ou menos breve passagem ou existência, parecem vir programados para fazer o Mal e à sua volta semearem o Apocalipse.