Os combustíveis

Para a difícil engenharia das ideias, é que precisamos do governo. O fácil, resolvemo-lo nós, mais que não seja ao pontapé. E com menos custos.

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  • 18:39 | Terça-feira, 22 de Fevereiro de 2022
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O aumento dos combustíveis parece não ter fim. Já não se contam as vezes que sobe, nem se imagina onde isto irá parar. A uma descida mínima, logo se seguem três ou quatro subidas de valor superior.

Como matéria subsidiária, têm impactos no preço de venda de quase todos os produtos ao consumidor. E reflecte-se no abastecimento das viaturas, cujos proprietários, com o mesmo dinheiro, vêem cada vez menos líquido a entrar nos depósitos.

Com a ameaça dos conflitos internacionais e o aumento do preço do crude, agravam-se as razões para temermos o pior, com o produto refinado. Não sei o quê nem como, mas o governo terá de fazer alguma coisa para suster esta escalada contínua no preço dos combustíveis. Se nada fizer que se veja, nada dessa trapalhada bacoca dos “vouchers”, a inflação subirá para outros números, e o pífio aumento dos salários não valerá coisa alguma.

Imagino que não sejam muitos os instrumentos que tenha ao seu dispor, nem que a solução seja fácil. Que, então, os braços trabalhadores se atrevam aos instrumentos, e que as mentes criativas inventem uma solução.


Para a difícil engenharia das ideias, é que precisamos do governo. O fácil, resolvemo-lo nós, mais que não seja ao pontapé. E com menos custos.

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Publicado em Opinião