Uma notícia e uma entrevista deixam bem claro que o racismo é uma chaga social difícil de exterminar:
A notícia: “Alemanha: terrorista de direita fere oito imigrantes” (RTP, 02 de janeiro de 2019)
Segundo o ministro do Interior da Renânia Norte-Vestefália, o democrata-cristão Herbert Reul, “houve por parte deste homem a clara intenção de matar estrangeiros”
A entrevista: “Yo fui neonazi” (El País, 02 de janeiro de 2019)
O jornal espanhol publicou uma entrevista a um antigo militante da extrema-direita alemã – Falk Isernhagen, de 26 anos, que foi neonazi durante quatro – que se arrependeu e aceitou contar a sua história, desde que se radicalizou e entrou no movimento extremista, até ao momento em que decidiu abandoná-lo e ajudar a “desradicalizar” extremistas. Este trabalho tem o apoio fundamental da organização EXIT Deutschland[1], fundada por Ingo Hasselbach e o polícia Bernd Wagner.
Estas informações ganham especial relevância num mundo que tem nas migrações um fenómeno global sem que se tenham encontrado boas e efetivas medidas para quem procura um presente e um futuro para si e para os seus entes queridos.
No Brasil, depois dos sucessivos escândalos de corrupção e do adensar da crise económica, de segurança e de ética pública, eis que Bolsonaro toma posse como Presidente. Bolsonaro encarna também o primeiro presidente de extrema-direita da democracia brasileira. Eliane Brum, na edição brasileira do El País lança a questão: “O “coiso” está no poder. O que significa?”
Quando paramos para refletir, podemos amplificar a questão de Eliane: “OS COISOS ESTÃO NO PODER. O QUE SIGNIFICAM?”
Os “coisos” são: Bolsonaro, Putin, Erdogan, Orbán, Xi Jinping, Salvini, Bin Salman, Donald Trump, Duterte… São muitos… Ao ponto de a edição de dezembro do Courrier Internacional fazer capa com a questão: “AGORAM MANDAM OS BRUTOS?”
Assistimos a uma galopante (des) ordem global onde pululam ações racistas, misóginas, homofóbicas, intolerantes, antidemocráticas…
Até onde nos levarão estes “coisos”?
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