Operaçao relâmpago? (com leitura recomendada)
A PT retirou durante o mês de Julho todos os seus depósitos do BES. No total de 128 milhões de euros. Porquê? Porque como são acionistas do BES, com mais de 2%, os seus ativos passariam para o Banco Mau e perderiam tudo. Mas eles já sabiam o que ia acontecer? Mas a operação de […]
A PT retirou durante o mês de Julho todos os seus depósitos do BES. No total de 128 milhões de euros.
Porquê? Porque como são acionistas do BES, com mais de 2%, os seus ativos passariam para o Banco Mau e perderiam tudo.
Mas eles já sabiam o que ia acontecer?
Mas a operação de resgate do BES, feita durante o fim de semana, não nos está a ser vendida como relâmpago decidida tendo por base o descalabro dos últimos dias do BES?
Como é que a PT sabia do que ia acontecer 30 dias antes, e porque razão tinha essa informação?
Como explicar o que foi sendo dito sucessivamente ao povo, aos pequenos acionistas, etc., de que o banco estava sólido?
(Carlos Costa afirmava que o banco estava sólido a 25 de Julho)
Operação relâmpago?
Todo este tempo, com a situação a degradar-se, com afirmações de responsáveis políticos, da regulação e da supervisão, a tranquilizar e a garantir que tudo estava bem, apesar das múltiplas indicações de irregularidades graves, serviu, afinal, para esta dúvida que me assalta? Para dar tempo a alguns de “escaparem”?
E os pequenos acionistas? Aqueles que aplicaram poupanças, confiando na informação de reguladores e agentes públicos, e perderam essas poupanças?
Onde fica a confiança, essencial para haver mercado de capitais?
E alguém que me explique, tim-tim por tim-tim como se eu tivesse 6 anos:
1. O Novo Banco precisa de 4.9 mil milhões de euros por alma de quem?
2. Se o que é tóxico, as imparidades, etc., ficou no Banco Mau, porque razão precisa o novo Banco, cheio de ativos bons, de tanto dinheiro?
Sendo dinheiro público, do Estado, isto tem de ser muito bem explicado aos contribuintes.
Recomendação de leituras suplementares:
– , Pedro Santos Guerreiro, Expresso.
– , Pedro Lino, Económico
– , Filipe Alves, Económico.
– , Tiago Freire, Económico.
– , Bagão Félix, Público
– , Nicolau Santos, Expresso
– , António Costa, Económico
– , Patricia Kowsmann e outros, Wall Street Journal