Em Viseu, há um conjunto de obras públicas que foram bastante caras, mas que não criaram na maioria da população um verdadeiro sentido de empatia, talvez porque volvidas duas dezenas de anos nunca se percebeu a sua verdadeira utilidade.
Uma das piores coisas, que pode acontecer a uma obra, seja pública ou privada, por melhor que seja a sua intenção, é sua falta de utilidade. Aponto três casos concretos de obras mal amadas, em Viseu: a renovação do Mercado 2 de Maio, o Espelho de Água no Campo de Viriato e o Funicular.
Quem as idealizou, aprovou e executou pode ter tido a melhor das intenções e foi, certamente, a melhor forma que encontrou à época, de gastar os dinheiros públicos municipais e outros proveniente de fundos europeus. Hoje, percebe-se, claramente, que estas obras, por razões várias, não resultaram como se esperava, porque a utilidade que tiveram nos últimos 20 anos, não correspondeu à expectativa inicial.
Isto requer que políticos, academia, comércio e cultura dêem as mãos e promovam um debate para perceber o que falhou e como se pode transformar estes espaços em sítios dinamizadores de vida e de atividade. Esta reflexão é mais necessária do que nunca, se não queremos voltar a repetir erros do passado.