O volfrâmio também conhecido por tungsténio é um elemento químico que foi altamente explorado no século passado, sobretudo em épocas que correspondiam a conflitos internacionais.
Muitos foram os que fizeram riqueza à custa daqueles que palmilhavam a serra ou abriam galerias para encontrar este mineral tão precioso nesses períodos, tendo sido apelidado de ouro negro.
Esta procura em tempos de conflito tinha a ver com a importância do mesmo para a produção de munições, blindagens e veículos ou máquinas de escavação ou corte.
Na serra da Nave a exploração era mais ou menos superficial, abrindo-se pequenas escavações com a ajuda de um ferro e de uma pá! Em Alvite havia alguns compradores desse minério que o enviavam para uma empresa exportadora que, por seu turno, o enviava para países como a Alemanha.
Conta o meu pai que havia quem fritasse as pedras em azeite e vendiam-nas como se fosse minério. O engenheiro que as comprou quando deu conta que tinha comprado gato por lebre acabou por pôr termo à vida.
Esta situação levou a que tenha chegado até hoje a seguinte quadra:
“Dizia o João Pandeiro / Para o António dos Pardais / Deitai para cá murraça / Que os do Porto querem mais!”
( PS: Os nomes foram alterados, por razões óbvias)
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