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O volfrâmio no Planalto da Nave

Na serra da Nave a exploração era mais ou menos superficial, abrindo-se pequenas escavações com a ajuda de um ferro e de uma pá! Em Alvite havia alguns compradores desse minério que o  enviavam para uma empresa exportadora que, por seu turno, o enviava para países como a Alemanha.

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    • 21:02 | Domingo, 28 de Abril de 2024
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    O volfrâmio também conhecido por tungsténio é um elemento químico que foi altamente explorado no século passado, sobretudo em épocas que correspondiam a conflitos internacionais.

    Aquando da Primeira Grande Guerra (1914-1918), da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e da Guerra da Coreia (1950-1953), verificaram-se verdadeiras “corridas ao volfrâmio”, tendo essa corrida chegado às nossas terras, nomeadamente à Queiriga, aldeia do concelho de Vila Nova de Paiva e à serra da Nave, planalto pertencente ao concelho de Moimenta da Beira.

    Muitos foram os que fizeram riqueza à custa daqueles que palmilhavam a serra ou abriam galerias para encontrar este mineral tão precioso nesses períodos, tendo sido apelidado de ouro negro.

    Esta procura em tempos de conflito tinha a ver com a importância do mesmo para a produção de munições, blindagens e veículos ou máquinas de escavação ou corte.


    Na serra da Nave a exploração era mais ou menos superficial, abrindo-se pequenas escavações com a ajuda de um ferro e de uma pá! Em Alvite havia alguns compradores desse minério que o  enviavam para uma empresa exportadora que, por seu turno, o enviava para países como a Alemanha.

    Conta o meu pai que havia quem fritasse as pedras em azeite e vendiam-nas como se fosse minério. O engenheiro que as comprou quando deu conta que tinha comprado gato por lebre acabou por pôr termo à vida.

    Esta situação levou a que tenha chegado até hoje a seguinte quadra:

    “Dizia o João Pandeiro / Para o António dos Pardais /  Deitai para cá murraça /  Que os do Porto querem mais!”

    ( PS: Os nomes foram alterados, por razões óbvias)

     


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