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Rebelo Marinho
O Plano Nacional para alojamento de estudantes, que previa recuperação de camas e construção de novos quartos, foi anunciado publicamente há quatro anos, no meio de um “catering”, com doces e salgados.
Mas, desfeita a festa para o tuga ver, de lá até cá nada se fez, e o Plano nunca aconteceu.
Temos a velha e relha mania de tudo prometermos e depois desligarmo-nos dos compromissos com uma leviandade que dói.
E quem assim procede, fá-lo por se saber inimputável. Alguém pede contas ao malandro irresponsável que anunciou a boa-nova, e se pôs ao fresco? Rigorosamente, ninguém.
Acontece que as residências sociais são poucas e os apartamentos são caros, o que conduz a que o problema da habitação seja, hoje, a maior barreira para quem quer ingressar no ensino superior.
Mais de um em cada dez jovens colocados em universidades não se matriculou por não ter onde residir.
Quase 50 anos após a instauração da democracia, a condição económica continua o seu mandarinato e a fazer mossa no futuro dos nossos jovens.
Depois, queixem-se das réplicas de Meloni.
(Fotos DR)
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