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Paulo Neto
Ciclicamente, o mundo vê surgirem loucos dotados de um enorme e ameaçador poder de atacar e destruir aqueles que consideram rivais, inimigos e até “impuros”, como vimos com o holocausto e demais ataques étnicos e religiosos.
Hoje o mundo, já não atónito, mas inconformado e assustado, assistiu à invasão da Ucrânia, um estado soberano, por parte da Rússia.
Os últimos dias, com um falhanço total das vias diplomáticas, em geral eficazes, com uma guerra fria de palavras que significavam o seu contrário, com mentiras e falsidades, com argumentos falaciosos a servir de pretexto aos actos, o mundo viu a Rússia fechar a sua letal tenaz bélica em torno da Ucrânia.
Esta madrugada, pelas 03H00 locais, as tropas Russas passaram à acção e iniciaram um ataque violento contra alvos militares e civis ucranianos. Algo que, a esta escala, seria impensável no século XXI.
As sanções económicas que inúmeros países do ocidente decretaram e activaram sobre o invasor, não o dissuadiram, antes o persuadiram a ameaçar com acções terríveis sobre todos os países antagónicos.
Putin, o antigo KGB, não declarou guerra à Ucrânia, declarou guerra ao mundo, como no 1º de Setembro de 1939, Hitler fez com a invasão da Polónia, desencadeando uma mortífera guerra que vitimou milhões de seres humanos.
A 30 de Abril de 1945, dentro de um bunker, trémulo e acossado como um rato, abandonado pelos seus “fiéis seguidores”, o ditador suicidou-se, pondo fim à mais trágica página da história mundial.
Que sucederá a Putin? E ao mundo?
(Fotos DR)
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