O sem-abrigo da Avenida da Europa

Admira-me que nem o Presidente da Câmara, nem o vereador socialista em questão, que trabalha na Segurança Social, numa qualquer deslocação à Av. da Europa, nunca tenham reparado num sem-abrigo que por ali anda há mais de um ano, que vive da boa vontade de alguns empregados da restauração do Continente, que lhe vão proporcionando alimentação e roupa.

Tópico(s) Artigo

  • 23:49 | Quinta-feira, 08 de Outubro de 2020
  • Ler em 2 minutos

No mês de Julho último, numa reunião de Câmara, um vereador do partido socialista apresentou uma proposta respeitante à implementação de um programa de apoio aos sem-abrigo em Viseu, ou como agora se diz no linguajar moderno, a pessoas em situação de sem-abrigo.

Esta proposta foi liminarmente rejeitada pelo Presidente de Câmara, Almeida Henriques, que perguntou ao vereador em questão onde é que havia sem-abrigo em Viseu?

O senhor vereador da oposição, pelo relatado, embatucou e não retorquiu.


Admira-me que nem o Presidente da Câmara, nem o vereador socialista em questão, que trabalha na Segurança Social, numa qualquer deslocação à Av. da Europa, nunca tenham reparado num sem-abrigo que por ali anda há mais de um ano, que vive da boa vontade de alguns empregados da restauração do Continente, que lhe vão proporcionando alimentação e roupa.

É estranho, que tanto a Câmara, com os seus inúmeros programas de apoio social, nem a própria Segurança Social, nunca tenham reparado naquele desafortunado cidadão, que passa os dias a deambular pela Av. da Europa, sozinho e com uns olhos azuis tão tristes.

Talvez se fosse um cão já alguém tivesse, e bem, chamado as entidades municipais para o recolherem, no entanto, este cidadão continua completamente entregue a si próprio e ao seu desamparado infortúnio.

Sr. Presidente Almeida Henriques, como o sr. Vereador do PS não lhe disse onde estavam e como o seu vereador da Ação Social parece ignorar igualmente o caso, digo-lho eu:

O cidadão sem-abrigo, absolutamente pacato e inofensivo, deambula pela Av. da Europa, entre a rotunda da Associação de Comerciantes e a do Continente, onde também é possível, por vezes, avistá-lo na entrada junto à Midas.

Agora, faça o favor de fazer o que tem de ser feito e, em breve, dê notícias de que foi capaz de resgatar este ser humano da rua. Como viseense fico-lhe muito agradecido. Se assim acontecer o homem de olhos azuis tristes talvez possa passar o próximo Inverno com o conforto, que há uns longos anos deve desconhecer.

Gosto do artigo
Palavras-chave
Publicado por
Publicado em Opinião