O Santo Ofício do século XXI?

Pena é não haver  ou não terem dado uso às CPI's no tempo dos “submarinos”, ou do caso Portucale e o financiamento do partido onde brilhou o tesoureiro do CDS, Abel Pinheiro. A memória num ápice se desbota e exaure ao sabor das circunstâncias e das conveniências. É pena que não se faça mais vezes um pouco de arqueologia mediática para redescobrir os escândalos do passado recente que o CDS de hoje, muito oportunamente esqueceu.

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  • 16:47 | Quinta-feira, 25 de Julho de 2024
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As CPI’s, pela persistência, perseguição, modos e meios de inquirir quem nas mãos lhes cai, quase conseguem fazer-nos lembrar a Inquisição que tantos cidadãos vitimou e Tomás de Torquemada, frei dominicano espanhol, que no seu fanatismo e crueldade, parece ter deixado “herdeiros” na hodiernidade.

A CPI sobre “as gémeas brasileiras”, nas suas 50 audições, visa acima de tudo, na minha perspectiva, não a verdade factual, mas sim enlamear o “sistema”, desde a presidência da República, ao governo então vigente, ao SNS, etc.

E para quê? Para se mostrarem como imaculados e impolutos servidores da Nação, aqueles a quem os portugueses deveriam conceder seu voto e confiança para “endireitarem o país”!


A sanha do Ventura já o procede. É a única coisa que lhe resta para se manter à tona de água, agindo a maior parte das vezes quase como um arruaceiro, para da arruaça, da descredibilização do sistema, granjear confiança e votos.

Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço” poderia servir de lema para este político desfasado no tempo, que seria notável ao serviço do Santo Ofício ou da Inquisição, com os seus cárceres e refinados instrumentos de tortura, seus sambenitos e fogueiras ao Rossio.

Aparece um aprendiz de Ventura, do CDS, um Almeida-qualquer-coisa, com aspecto de “beto reguila” no intervalo do gin das 12, a refinar-se, na peugada do do Chega, para limpar o país de mentirosos, “artistas”, corruptos e etc. e tal.

Pena é não haver  ou não terem dado uso às CPI’s no tempo dos “submarinos”, ou do caso Portucale e o financiamento do partido onde brilhou o tesoureiro do CDS, Abel Pinheiro.
A memória num ápice se desbota e exaure ao sabor das circunstâncias e das conveniências. É pena que não se faça mais vezes um pouco de arqueologia mediática para redescobrir os escândalos do passado recente que o CDS de hoje, muito oportunamente esqueceu.

Quanto ao Chega, novo no percurso político, é preciso dar-lhe a oportunidade de mostrar a consistência da sua argamassa, para ter a oportunidade de se esboroar no lajedo da iniquidade.

Estes deputados todos que, segundo o link infra, que se reproduz com a devida vénia, usufruem mensalmente um salário líquido superior a 5.500 €, efectivamente, com estes circos mediáticos parecem tudo fazer para justificar a doirada sinecura a que se alcandoraram…

 

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Publicado em Opinião