Mais um ano em que todos os meios de comunicação social, locais públicos e privados festejam, o titulado “dia da mulher”, com a oferta de uma flor cor de rosa em papel, ou com aquele poema habitual sobre a mulher.
Eu já percebi o que há de bom e mau por pertencer ao sexo feminino.
Sei que ainda há homens que acham que um “gajo” que tem muitas namoradas é um campeão, mas se for o oposto é uma vadia sem honra.
Sei que há homens que acham normal a desigualdade salarial entre géneros.
Sei que há homens que acham que as mulheres não devem conduzir, não sabem liderar, só servem para ser mães e limpar o pó da casa.
Também sei que uma em cada três mulheres sofre de violência doméstica, sendo o segundo crime mais registado em Portugal.
Sei também que as mulheres em Portugal ganham menos 17% do que os homens e que, por isso, para ganharem o mesmo teriam que trabalhar mais 65 dias por ano.
Ainda existem muitas pessoas mal formadas neste país, e em pleno século XXI, que não sabem que um dos principio básicos da condição humana é a igualdade, neste caso igualdade de género. Porém ainda hoje, existe a ideia que a mulher é o sexo fraco, portanto inferior ao homem.
O presidente de um dos mais poderosos países do mundo, o trump, considera que as mulheres não passam de vaginas em espécies de pessoas, ou como um taxista que na manifestação contra a uber afirmou: que as leis são como as virgens servem para ser violadas… deve ser por isso que ganhamos menos, que somos consideradas menos capazes nos exercícios de qualquer atividade profissional, porque a sociedade foi formatada, para as mulheres não serem senão mães e donas de casa.
É verdade que não vivemos num mundo igual, e é por isso que existe o dia da mulher, mas este dia é só ridículo, porque lutamos pela igualdade, mas depois temos um dia exclusivamente só para nós… Estamos a lutar com a mesma arma que os homens usam, a desigualdade.
E se ao invés de celebrarmos este dia, num cocktail party com amigas, porque não erguermos a voz todos os dias e lutarmos arduamente por um mundo mais igual e sem ideais machistas?
Porque todos os dias… são dias para lutar!