Portugal foi pioneiro na abertura das portas do mundo. Abriu novos caminhos, novas rotas e acedeu a novos conhecimentos. Desvendou continentes, culturas e civilizações. Mudou a economia planetária e foi, a nível internacional, um dos inventores da globalização.
Hoje, toda essa abertura é vítima de um flagelo que nos põe de repente perante uma realidade nova, adversa e desconhecida.
Perante os factos, os decisores políticos têm estado a superar-se na capacidade de encontrar soluções para a mitigação desta inesperada catástrofe e souberam aplicar gradualmente as medidas de protecção e segurança das populações. Contudo e por si só, tal é insuficiente, pois a sua eficácia depende muito de todos nós, do nosso civismo, das nossas atitudes e dos nossos comportamentos.
As medidas apresentadas no Conselho de Ministros do dia 12 de Março são, não premonitórias porque ninguém contava com este inesperado vírus, mas a atempada terapia profiláctica para obviar a um mal maior.
Agora, premente é a união e a interacção total entre os decisores políticos e os cidadãos que neles depositaram inteira confiança.
Os sacrifícios de hoje serão o seguro do futuro.
Portugal saberá ultrapassar este desmesurado momento de fechamento, para retomar, em conjunto com a Europa e com o mundo, o caminho do desenvolvimento, da estabilidade e da felicidade.