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Rebelo Marinho
Independentemente da pronúncia ou não, da corrupção ou não, da prescrição ou não, das parcialidades ou não, da incompetência ou não, dos atrasos ou não, das fugas de informação ou não, das guerras entre as magistraturas ou não, dos corporativos ajustes de contas ou não, dos recursos ou não, das cabalas ou não, dos processos políticos ou não, importa esclarecer uma dúvida. A principal. De onde vieram tantos milhões. Decerto que não se ganharam ao berlinde. Se não houver o que esconder, nada impede que se diga a paternidade da “massa”. E não se argumente com os instintos selváticos da devassa da vida privada. A vida privada de um homem público só o é, enquanto a vida privada correr pela normalidade. Não me parece ser o caso. Esclarecida esta dúvida, tudo se recomporá, naturalmente. E não ficarão dúvidas.
Finalmente, o PS, quanto a este assunto, largou os freios à besta, que galopou, largando estilhaços que bem se viram, apesar da poeira que se alevantou, cuspindo lágrimas e arrotando a fogo.
Sem sacrifício, albardou-se o burro à vontade do dono. Pena que tenha sido pela voz e pela palavra de uma segunda figura, embora todos saibamos de quem é a mão que se esconde atrás do arbusto. A do sacrossanto António Costa, mandante da opereta, que não hesita em fazer de Medina a encolhida voz do dono. E como nas casas de alterne, ficam uns tantos a babar-se de justiça feita, enquanto outros se masturbam de gozo pela desforra. Enquanto isso, os orgasmos múltiplos dos indefectíveis militantes escorrem pelo algeroz, entrando pela sarjeta, espelhos de um povo que se julga cheio de virtudes.
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