A pandemia trouxe-nos repentinamente a consciência da fragilidade e da efemeridade da vida humana. Em dois anos morreram milhões de seres humanos vítimas dessa “peste”, ainda hoje inexplicada nas suas origens. Alteraram-se os nossos hábitos, os nossos padrões vivenciais e mentais, o nosso comportamento social.
As mudanças climáticas abruptas, fruto de uma profunda saturação da natureza, cansada de ser agredida pela inconsciência e cupidez humanas, provocaram situações para as quais o homem não estava preparado, gerando cataclismos meteorológicos um pouco por todo o planeta. E isto é o início, pois pouco ou nada tem sido feito para minimizar décadas de acometimentos contra a Terra, todos nós ignorando o que o devir próximo nos trará.
A invasão da Ucrânia pela Rússia, intempestiva, inesperada e ao sabor dos apetites de um oligarca ensandecido evidenciou várias coisas, entre elas que o poder nas mãos de um psicopata pode pôr em causa a geoestratégia política e a segurança mundial. Ademais, armado com um arsenal de armas nucleares capaz de fazerem de Nagasaki e Hiroshima uma festa de caloiros.
Por seu turno, os grandes decisores políticos aparecem-nos pasmados e inquietos, sem soluções à vista, alarmados mas aparentemente pouco inquietos com esta mudança de 180º que o século XXI, em apenas duas exíguas décadas, está a espoletar em catadupas imparáveis e como um poderosa bola de neve de consequências aterradoras.
Teremos uma próxima década para encontrar soluções?
(Fotos DR)