Não imaginam como é emocionante estar naquele lugar e sabermos que foram aqueles penedos que o protegeram e lhe permitiram que depois fugisse para França.
Conheço uma senhora que há anos foi minha formanda, a Dona Celeste que me contou histórias fantásticas sobre o Aquilino. O pai dela foi durante muito tempo caseiro da quinta do escritor.
Ela contou-me que durante o tempo que ele esteve escondido neste penedo as pessoas amigas da aldeia levavam-lhe a comida e o que ele necessitava, nomeadamente roupa lavada, durante a madrugada, uma vez que as forças policiais e repressivas patrulhavam a serra e a aldeia durante todo o dia.
Tenho fascínio por estas e outras histórias que não estão escritas em lado nenhum e que passam de boca em boca.
Um dia deste vou estar com a dona Celeste e vou gravar tudo o que ela tem para me contar sobre o escritor.
(1) Nota do editor: Aquilino passou dois ou três dias refugiado neste penedo, por tal nunca poderia engordar muito. A vox populi a cada conto acrescenta seu ponto… e assim nasce a lenda.
(Foto PN)