A
minha mãe chama-se Alice.
É a minha referência, o meu exemplo de honestidade, trabalho, perseverança e amor à família. Alice é um nome bonito, é o nome que me orienta.
“O meu nome é Alice” é um dos filmes que aguardo com grande expectativa. A protagonista, Julianne Moore, ganhou um óscar pela sua interpretação de uma doente de Alzheimer. O filme, realizado por Richard Glotzer e Wash Westmoreland, teve como inspiração o livro, com o mesmo título, escrito por Lisa Genova, um romance sobre a demência senil precoce de uma mulher de 50 anos.
A atriz Julianne Moore contracena com Alec Baldwin e Kristen Stewart. A sua personagem faz o terrível retrato de uma mulher inteligente, culta e com uma personalidade forte que deixa de ser auto-suficiente, que, na verdade, deixa de ser “ela” (ou talvez não…).
Os realizadores tentam responder à questão: “Se nos esquecermos do que fomos e inclusivamente quem somos, quem seremos?”
Este filme ajudará, com base no drama ficcionado, a perceber melhor o drama real destes doentes e das suas famílias e amigos.
O globo de ouro, tenho essa esperança, dará maior visibilidade ao problema e poderá dar um “empurrão” para que seja estruturado, no nosso país, um Plano Nacional para as Demências.
“Desde 2006 que a Alzheimer Portugal, em sintonia com o movimento europeu sobre as demências, tem vindo a defender a criação de um Plano Nacional para as demências que abarque, de forma sistemática e integrada, três áreas fundamentais: Cuidados, Investigação e Direitos.”
Mais um passo em frente para o Plano Nacional para as demências, in Alzheimer Portugal, n.º 57, janeiro a março de 2015.