Boris Johnson, o primeiro-ministro conservador britânico ao contrair o vírus Covid19 atraiu sobre si um capital de simpatia que de repente o alojou no coração de muitos ingleses.
Isto depois da agitação que o Brexit fez cair sobre si, como uma tempestade violenta.
Também não foi poupado às críticas de ser uma mera “marioneta” do Donald Trump. Provavelmente, Boris é mais intekigente do que Trump e Bolsonaro, o terceto que fez furor com as não-medidas tomadas, ou tardiamente tomadas, de combate à pandemia.
Doente, em quarentena, tratado por um português, Boris apareceu nos ecrãs mais magro, pálido, olheirento, tão desajeitado como sempre e com a cabeleira loira ainda mais desalinhada. O povo gostou de ver e perdoou-lhe as “argoladas”.
O Partido Trabalhista veio logo com um comunicado…”A ser verdade, o principal conselheiro parece ter violado as regras de confinamento. As instruções do governo eram muito claras: ficar em casa e não fazer viagens que não são essenciais.”
De facto, quando os regulamentos impostos pelo governo do qual é a cabeça pensante decidiu que “qualquer pessoa com sintomas de Covid19 deve auto-isolar-se na sua própria casa”, ausentar-se dela em pleno pico pandémico durante uma semana, faz-nos crer que afinal as normas são só para alguns e aqueles que estão por trás delas, não têm que as cumprir, numa clara violação das regras de confinamento e num péssimo exemplo para os ingleses, em geral
Caso para dizer: “olha para o que eu digo não olhes para o que eu faço.”
Como se não fosse suficiente esta clara infracção, outra se lhe juntou pois o primeiro-ministro tinha determinado em Março que, em caso algum, deveria ser feita a assistência a crianças por parte dos avós, por integrarem um grupo de alto risco e vulnerabilidade.
Como a violação destes preceitos é punida com multa de 1.120 €, espera-se que ao menos tenha a decência de a pagar.