O mau exemplo do Reino Unido

Boris Johnson, o primeiro-ministro conservador britânico ao contrair o vírus Covid19 atraiu sobre si um capital de simpatia que de repente o alojou no coração de muitos ingleses. Isto depois da agitação que o Brexit fez cair sobre si, como uma tempestade violenta. Também não foi poupado às críticas de ser uma mera “marioneta” do […]

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  • 16:02 | Domingo, 31 de Maio de 2020
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Boris Johnson, o primeiro-ministro conservador britânico ao contrair o vírus Covid19 atraiu sobre si um capital de simpatia que de repente o alojou no coração de muitos ingleses.

Isto depois da agitação que o Brexit fez cair sobre si, como uma tempestade violenta.

Também não foi poupado às críticas de ser uma mera “marioneta” do Donald Trump. Provavelmente, Boris é mais intekigente do que Trump e Bolsonaro, o terceto que fez furor com as não-medidas tomadas, ou tardiamente tomadas, de combate à pandemia.


Doente, em quarentena, tratado por um português, Boris apareceu nos ecrãs mais magro, pálido, olheirento, tão desajeitado como sempre e com a cabeleira loira ainda mais desalinhada. O povo gostou de ver e perdoou-lhe as “argoladas”.

De repente, na ribalta surge Dominic Cummimgs, o assessor principal de Boris, o cérebro da saída do Reino Unido da EU, homem-forte do governo foi apanhado a prevaricar num momento duro do confinamento exigido aos ingleses. Pegou no automóvel e com a sua infectada esposa fez 400 quilómetros para deixar os filhos com os avós. Isto e porque segundo fonte oficial “como a sua mulher estava infetada com o que se suspeitava ser coronavírus e havia uma alta probabilidade de ele próprio ficar doente, era essencial que Dominic Cummings garantisse que o filho continuava a ser bem cuidado”.

O Partido Trabalhista veio logo com um comunicado…”A ser verdade, o principal conselheiro parece ter violado as regras de confinamento. As instruções do governo eram muito claras: ficar em casa e não fazer viagens que não são essenciais.”

De facto, quando os regulamentos impostos pelo governo do qual é a cabeça pensante decidiu que “qualquer pessoa com sintomas de Covid19 deve auto-isolar-se na sua própria casa”, ausentar-se dela em pleno pico pandémico durante uma semana, faz-nos crer que afinal as normas são só para alguns e aqueles que estão por trás delas, não têm que as cumprir, numa clara violação das regras de confinamento e num péssimo exemplo para os ingleses, em geral

Caso para dizer: “olha para o que eu digo não olhes para o que eu faço.”

Como se não fosse suficiente esta clara infracção, outra se lhe juntou pois o primeiro-ministro tinha determinado em Março que, em caso algum, deveria ser feita a assistência a crianças por parte dos avós, por integrarem um grupo de alto risco e vulnerabilidade.

Como a violação destes preceitos é punida com multa de 1.120 €, espera-se que ao menos tenha a decência de a pagar.

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