Há coisas que são certamente tão transcendentes que o comum cidadão não as entende.
Na verdade o processo Influencer é um bom exemplo.
Quando foi conhecido que seguira para o Supremo Tribunal de Justiça certidão visando a instauração de um inquérito ao Primeiro Ministro todos queríamos saber mais do que o divulgado.
Não nos foi dito mais que “No decurso das investigações surgiu, além do mais, o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da autoridade do Primeiro-Ministro e da sua intervenção para desbloquear procedimentos no contexto supra referido.”
O Ministério Público ao querer dizer tudo, disse nada.
Sempre que se pretendia saber mais esbarrava-se no segredo de justiça.
Cheguei a acreditar que finalmente tínhamos um inquérito crime em que o segredo de justiça era respeitado.
Claro que foi mera coincidência.
Por outro lado soube-se também que no seu recurso (atinente às medidas aplicadas aquando das detenções efetuadas no âmbito do processo Influencer) o Ministério Público deixou cair muito do que pediu e do que disse quando se soube a decisão do Juiz de Instrução.
Mas fico perplexo ao ter conhecimento que o Ministério Público, considerando João Galamba o fulcro de toda a acção que envolve a matéria visada no processo Influencer, tenha a atitude que tem para com ele.
Não era expectável que já o tivesse ouvido (interrogado)?
Não seria adequado que lhe tivesse promovido medidas de coação?
Como se pode entender que queira agravar medidas a outros envolvidos e não aja ou promova medidas ao “autor e verdadeiro mentor dos factos”.
…os seus desígnios também são insondáveis.