Nunca confundi amigos com política ou religião.
Tenho amigos que muito prezo e estimo de todas as ideologias e credos, desde o mais acirrado ultramontanismo ao convicto budismo. Cimentámos a nossa relação no respeito pela diferença e na certeza que a dissemelhança é a vitamina da democracia e o tónico que nos faz mais abrangentes, pluralmente melhores, mais lúcidos e nítidos na visão que abarcamos do mundo em que vivemos.
Porém, hoje há gentinha politiqueira que corresponde ao mais abjecto político-social que existe e, à qual, em condição alguma nos devemos unir, ou com ela porventura compactuar.
Infelizmente, no seio de alguns dos partidos políticos, muita desta gente encontrou covil, e daí a serem guindados a situações nas quais desfrutam de algum poder – muito ou pouco – é um célere vê se t’avias.
O que alguns parece ainda não terem percebido é que, com essa malta, entraram voluntariamente no caldeirão ebuliente, e por mais queimados que fiquem, só sairão dele, fatiados, para pitéu de alguns…
Quando hoje constatamos onde desceu certa classe politiqueira nacional, apercebemo-nos das razões do seu amplo descrédito e, mais, vislumbramos a sua irreversível negatividade a par com a enorme competência em conspurcar tudo em que tocam… começando por quem lhes deu alcoite.
Uma dúzia de maçãs podres a apodrecer toneladas de fruta sã (?), um punhado de radículas contaminadas a destruir toda uma aparentemente verdejante floresta.
(foto DR)