O movimento “Terra de Miranda“, de perfil cívico e apartidário, junta gente transmontana de diversas profissões e posições. Teve, para já, o mérito de trazer para a ribalta o assunto de o Estado estar a dar uma borla fiscal à EDP, permitindo a venda da concessão de 6 barragens, perdoando o pagamento de impostos.
Mas já todos sabemos que o Estado lida mal com denúncias, embora, de entre todos, seja o maior denunciante. Por tudo e por nada, acusa.
Digamos que não se conteve. Mas antes, em Setembro do ano passado, nessa mesma audiência, ficou por revelar um segredo. Que não convinha ao ministro que se soubesse e que os transmontanos, por honra, guardaram.
Ao recebê-los, disse-lhes: – Vêm pedir um subsidiozinho para a festa dos chouriços, não é verdade? É uma vergonha este ministro. Como se a vida se reduzisse a chouriços. Desbocado, arrogante, inconveniente, soberbo, vaidoso. Com os seus jeitos de peralta, criado na cidade, não deve imaginar o que o fumeiro vale para a economia da região. Com esta desfaçatez, foi um burgesso da pior espécie.
Num país civilizado, com estas maneiras, não servia sequer para pombo-correio e tinha guia de marcha assegurada. Tristes de nós, que temos de lhe pagar o salário e as mordomias. Não há nenhum jurista que impugne a presença deste indivíduo no governo, fundado no oleoso e na inconstitucionalidade da triste figura?
(Foto DR)