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Carlos Cunha
Imaginem que uma equipa contrata um treinador no início da época com o objetivo de assegurar a permanência na I Liga.
Imaginem que o treinador não atinge os objetivos e a equipa desce de divisão.
Imaginem que o treinador em vez de ser despedido por não ter atingido o objetivo da permanência, ainda recebe uma choruda recompensa de 1 milhão 860 mil euros.
Imaginem que esse clube apresentou nos últimos 4 anos prejuízos avultadíssimos de tesouraria, mas que o Estado, ou seja, os contribuintes cobriam todos esses prejuízos.
Imaginem que esse clube tem património imobiliário que vende ao desbarato a Fundos de Investimento que ninguém sabe quem são os titulares.
Imaginem que os antigos dirigentes que deixaram o clube completamente falido não são julgados pelos seus atos de gestão danosa.
Imaginem que os ex-dirigentes desse clube ainda vão para a Assembleia da República gozar literalmente com a cara e o trabalho dos deputados, que os aturam com uma paciência ilimitada.
Imaginem como é que gente tão esquecida conseguiu chegar à Administração desse clube, quando tantos jovens formados não têm uma única oportunidade para mostrar se têm ou não valor.
Agora onde lêem clube substituam por BES e/ou Novo Banco e digam-me como é possível não haver quem ponha mão neste lodaçal, onde os contribuintes são os únicos que se afundam.
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