Quando a Natureza se zanga com os homens, penalizando-os pelos seus desmandos, ela leva sempre a melhor. O que o homem pode é amenizar os efeitos da sua cólera e temperar a sua raiva. Tem inteligência para isso, que põe ao serviço de equipamentos, ferramentas e infra-estruturas, que tentam fazer frente aos ímpetos naturais. Mas estará o governo português a fazer isso bem, acertadamente?
Temos uma política ambiental sustentável? Temos uma política de ordenamento florestal? Temos uma cultura de segurança? Temos uma abordagem poderosa na política de prevenção dos incêndios florestais? Estamos a fazer tudo o que é possível fazer-se? Estamos a aprender com os erros do passado? Estamos a ser lúcidos e serenos na avaliação das políticas dos incêndios, já no terreno? Estamos, ou não, reféns da política encetada por António Costa, desde que foi MAI? Estamos no caminho certo quando se elogia e incensa o dispositivo em verões amenos, e devagarinho, nos verões escaldantes, se vá culpando o contribuinte ? Pedrógão está diferente? Nas grandes vias e nas estradas municipais, apôs 5 anos, as bermas e valetas estão limpas de vegetação, como a lei impõe? É sensato continuarem inoperacionais os “Kamov”, sucata que não tem conserto, num negócio ruinoso, que continua em demandas judiciais? É curial que dos 12 drones comprados pela Força Aérea, há 2 anos, para auxiliarem na prevenção, só 3 estejam operacionais?
É triste, mas já nem no negócio somos bons.
Sinais dos tempos…
(Fotos DR)