A continuada descida do CDS-PP nas sondagens que têm vindo a ser feitas por diversas empresas especializadas tem posto o partido à “beira de um ataque de nervos.”
Francisco Rodrigues dos Santos, o líder do partido, tem sido confrontado com críticas internas e pela saída de dois vogais da CPN, dois membros do gabinete de estudos do partido, do vice-presidente Filipe Lobo d’Ávila e pelos vogais da comissão executiva, Isabel Menéres e Raul Almeida.
A estas saídas junta-se a tomada de posição de Mesquita Nunes e de Nuno Melo, que se apresentam com disponibilidade para liderar o partido.
Com a proximidade das autárquicas em finais de Setembro, princípio de Outubro deste ano, é urgente organizar todas as distritais de modo a que possam no terreno preparar as eleições que estão a oito meses de distância.
No final desta semana, o euro deputado Nuno Melo foi taxativo aos microfones da RTP2 ao referir que o actual líder deixou de ter condições para o ser, indo ainda mais longe ao referir que o CDS poderá em breve ter de “lutar pela sobrevivência.”
Perante esta razia, Francisco Rodrigues dos Santos, após ter reunido com a sua comissão política decidiu convocar o Conselho Nacional onde se encarará a hipótese de realização de um congresso extraordinário.
O CDS tem uma história tão longa quanto a democracia portuguesa, pois foi fundado em Julho de 1974. A sua primeira Comissão Política teve como presidente e vice-presidente, Freitas do Amaral e Amaro da Costa, respectivamente.
O CDS é um partido importante no leque político-partidário nacional e, agora, quando aparecem forças à direita como o Chega e a Iniciativa Liberal, ou o CDS se apresenta com muita pujança e vitalidade, ou corre o risco de ser por aquelas “canibalizado”.
Para já parece não lhe faltarem alternativas de novas lideranças. Mas uma nova liderança será capaz de solucionar todos os problemas que o partido enfrenta? Bem se espera que sim.
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